Rotatividade alta no mercado leva empresas a buscarem estratégias para manter bons profissionais na casa

Com mais de 10% dos colaboradores promovidos todos os anos, indústria encontra na progressão de carreira clara e no investimento em qualificação saída para reter talentos

O relatório “The Future of Talent Acquisition”, da Korn Ferry, mostra que 34% dos profissionais tendem a continuar na empresa que oferece possibilidades de crescimento e progressão na carreira. Assim, cada dia mais empresas estão investindo na qualificação e capacitação dos profissionais para reter talentos.

Essa possibilidade de crescimento foi um dos motivos que fez com que Leandro José Vaz trocasse a estabilidade como servidor público por uma carreira que acreditou ser mais na farmacêutica Prati-Donaduzzi. Ele começou a trabalhar na indústria em 2003 como auxiliar de produção. Nove meses depois veio a primeira promoção e se tornou auxiliar da gerência na área. 

Fiz faculdade, passei em um concurso público e quando estava para me desligar, a indústria me ofereceu mais oportunidade de crescimento. Fui líder de produção, realizei MBA e pós-graduação e hoje estou na supervisão”, explica Leandro que neste ano completa 21 anos de trabalho na empresa. “Agora meu filho de 16 anos está entrando como menor aprendiz e tenho certeza que pode crescer muito na empresa”, fala o pai orgulhoso.

Formar e reter talentos

Além dos investimentos em qualificação e capacitação, o relatório da Korn Ferry indica a importância do colaborador se sentir parte da empresa e que trabalhe com a escuta atenta das suas necessidades pessoais. Já o relatório da FIA Business School aponta que o salário é um atrativo da empresa mais valorizado pelos profissionais mais antigos do que para os jovens. 

Equipes dedicadas ao desenvolvimento humano dos profissionais, plano de carreira sólido e consolidado, autonomia e liberdade para ideias, sugestões e melhorias são alguns atrativos que o diretor de Recursos Humanos da farmacêutica, Diones Wolfart, aponta como importantes para a retenção de talentos. “A capacitação deve começar já no primeiro dia de trabalho, isso vale tanto para quem inicia operando máquinas, quanto para o programa de formação para analistas, líderes e executivos”, afirma.

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