Sete empresas se unem à coalizão inédita de bem-estar animal

COBEA propõe forma de unir a cadeia de fornecimento de proteína animal para acelerar o progresso

Imagem: divulgação / COBEA

A Colaboração Brasileira de Bem-estar Animal (COBEA), iniciativa de cooperação pré-competitiva inédita no sul global, criada com o propósito de promover bem-estar animal e idealizada pela Produtor do Bem, oficializou recentemente a adesão de sete importantes atores da cadeia de proteína animal brasileira, sendo elas o Grupo IMC (International Meal Company), Special Dog Company, Minerva Foods, JBS Brasil, Planalto Ovos, Mantiqueira do Brasil e Danone Brasil.

Além do setor alimentício, o grupo está aberto à adesão de representantes do setor de pet food, pelos benefícios de uma maior colaboração entre os dois grupos. Em recente assembleia, além de efetivar seus primeiros membros, a COBEA nomeou seu primeiro presidente, o gerente de Desenvolvimento Sustentável da Special Dog Company, João Paulo Camarinha Figueira, que estará à frente da coalização nos primeiros anos de atuação.

“Desde o início ficou evidente que havia um propósito genuíno de avançarmos nesse tema, construindo um ambiente colaborativo entre empresas. A garantia de bem-estar para aves, suínos, peixes e demais espécies que oferecem proteína animal ao mercado pet é um objetivo que buscaremos atingir de forma organizada, estratégica e consistente, a partir de nossa participação na COBEA. Acreditamos que a união de empresas comprometidas com os avanços em bem-estar animal, somando experiências e competências distintas, trará velocidade e intensidade no cumprimento de nossos objetivos”, afirma o presidente.

Segundo o diretor da Planalto Ovos, Daniel Mohallem, o principal motivo de a empresa aderir à coalizão foi a vontade de continuar aprimorando suas práticas e se manter na vanguarda do bem-estar animal. “A oportunidade de expressar nossa opinião sobre temas relevantes e garantir representatividade junto a órgãos e entidades é essencial para a empresa. Acreditamos que o compartilhamento de aprendizados e boas práticas irá gerar e disseminar conhecimento, elevando o nível de bem-estar no setor produtivo e aumentando a conscientização dos consumidores. Significativas melhorias neste campo só serão alcançadas por meio da cooperação entre os diferentes agentes da cadeia produtiva. Além disso, a transparência e a confiabilidade das informações são aspectos fundamentais para o sucesso dessa iniciativa”, observa.

Soluções conjuntas para acelerar o progresso

A COBEA nasceu de um crescente interesse e proatividade na cadeia de proteína animal brasileira em termos de bem-estar e práticas sustentáveis. A ideia surgiu em 2023, quando no simpósio anual da Produtor do Bem, ficou claro que havia um apetite por um maior diálogo e colaboração no setor, envolvendo todos os elos da cadeia.

“O bem-estar animal e sua relação com outras questões de sustentabilidade são complexas, e nenhuma empresa tem todas as soluções ou é capaz de resolver os problemas trabalhando isoladamente. É necessário que todas as partes relevantes da cadeia de valor se unam e trabalhem juntas”, afirma a diretora-executiva da COBEA, Elisa Tjarnstrom.

Além dos sete membros iniciais, outros participantes serão incluídos gradualmente. “A Produtor do Bem idealizou e apoia esta iniciativa porque acredita que são necessárias ferramentas adicionais, além da certificação, para tornar o sistema alimentar mais sustentável. Entendemos a necessidade de mudanças sistêmicas, em que todos são necessários para progredir”, pontua o diretor executivo da Produtor do Bem, José Ciocca.

O cofundador da Produtor do Bem, Leonardo Vega, reforça a importância dessa colaboração também no sentido de demonstrar a proatividade da indústria brasileira em nível global. “Estamos empenhados em mostrar ao mundo que o Brasil não apenas produz em grande escala, mas também tem buscado compromissos genuínos com o bem-estar animal e a sustentabilidade. Por meio da COBEA, é possível compartilhar os avanços e contribuir para conversas globais sobre o futuro sustentável da agropecuária”, finaliza. 

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