Setor de delivery deve chegar a 90,5 milhões de usuários até 2029

O setor segue em expansão e deve atingir números cada vez maiores

O Brasil é um dos principais mercados globais de delivery de comida, e a tendência é de crescimento contínuo. As plataformas de entrega vêm investindo em variedade e qualidade, ampliando as opções disponíveis aos consumidores.

Nesse contexto, a estimativa é de que o país tenha 90,5 milhões de usuários de delivery até o final de 2029, segundo dados da Statista. Ou seja, o número vai se aproximar da metade da população brasileira. Com esse crescimento, as empresas do setor buscam atender novos públicos de maneira mais eficiente, o que também aumenta a demanda.

Atualmente, cerca de 40% dos brasileiros utilizam plataformas de delivery, conforme levantamento da Ticket. Após o crescimento causado pela pandemia, o segmento manteve sua trajetória de alta devido à busca por praticidade e rapidez no dia a dia.

Globalmente, o setor deve movimentar US$ 1,4 trilhão em 2025, de acordo com a Statista. Além disso, o número de consumidores vai continuar em alta, podendo corresponder a cerca de um terço da população mundial até o final de 2029.

No Brasil, o iFood lidera o mercado, mas um número cada vez maior de restaurantes tem investido em plataformas próprias de entrega. Além disso, incertezas econômicas tornam o delivery uma alternativa atrativa, pois permite otimizar custos operacionais.

A Geração Z, composta por pessoas entre 15 e 28 anos, é o principal público do delivery, com 51% desse grupo utilizando plataformas do tipo. Essa faixa etária, mais digitalizada e conectada às inovações tecnológicas, tem maior familiaridade com serviços online.

Os pedidos mais frequentes incluem fast food, como hambúrgueres e pizzas, além de pratos tradicionais da culinária brasileira e carnes. Ao mesmo tempo, o consumo de alimentos saudáveis cresceu 98% nos últimos anos, segundo o Sebrae.

Apesar do crescimento, o mercado de delivery apresenta desafios, principalmente para novas empresas, uma vez que o iFood detém 80% dos pedidos. No entanto, a adoção de plataformas próprias por restaurantes e supermercados vem ganhando espaço.

Uma tendência consolidada é o modelo de dark kitchens, que funcionam como cozinhas para delivery, sem atendimento presencial. A Statista projeta que, até 2030, esse formato vai responder por metade dos serviços globais de entrega. A inteligência artificial também tem sido incorporada ao setor para personalizar o atendimento com base no comportamento dos consumidores. A análise de dados permite oferecer refeições e promoções de forma mais eficiente.

No Brasil, o mercado de delivery de comida deve atingir US$ 21,18 bilhões em receita em 2025. A expectativa é de um crescimento anual de 7,05% até 2029, alcançando US$ 27,81 bilhões. Com a expansão das dark kitchens e o avanço das inovações tecnológicas, o delivery tende a se tornar ainda mais acessível, ampliando sua atuação para outros segmentos da indústria alimentícia.

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