A indústria do alumínio no Brasil está em alerta diante do aumento da tarifa de importação dos Estados Unidos, medida que pode gerar um desvio nos fluxos globais do metal. A Associação Brasileira do Alumínio (Abal) defendeu nesta terça-feira o fortalecimento dos mecanismos de defesa comercial do país para evitar impactos negativos no setor.
Atualmente, os EUA representam 17% das exportações brasileiras de alumínio, com um volume de US$ 267 milhões em 2024, dentro de um total de US$ 1,5 bilhão exportado. Com as novas tarifas, a preocupação da indústria é que o mercado brasileiro se torne um destino para excedentes globais, pressionando os preços e afetando a competitividade local.
“Além dos impactos na balança comercial, preocupa ainda mais os efeitos indiretos associados ao aumento da exposição do Brasil aos desvios de comércio e à concorrência desleal”, afirmou a Abal em comunicado.
O governo de Donald Trump anunciou que as novas tarifas de 25% sobre as importações de aço e alumínio entrarão em vigor em 12 de março. A medida aumenta a preocupação da indústria brasileira, que teme um desvio no fluxo global do metal, afetando a competitividade local.
“Produtos de outras origens que perderem acesso ao mercado norte-americano buscarão novos destinos, incluindo o Brasil, podendo gerar uma saturação do mercado interno de produtos a preços desleais”, acrescentou a entidade.