A Shein, que anteriormente buscou uma avaliação superior a US$ 60 bilhões em tentativa de listagem nos Estados Unidos, encontrou obstáculos regulatórios e resistência política, o que levou a empresa a considerar Londres como alternativa para sua estreia no mercado de capitais. A redução na avaliação reflete um ambiente de mercado mais cauteloso em relação às empresas de tecnologia e varejo digital, além da necessidade de tornar o IPO mais atraente para investidores.
A decisão final sobre a avaliação ainda não foi tomada, e a Shein segue em negociações para garantir uma listagem bem-sucedida. A empresa, conhecida por sua abordagem agressiva de produção e preços competitivos, vem enfrentando crescente escrutínio global sobre suas práticas de fabricação, sustentabilidade e transparência corporativa.
A empresa tem como objetivo realizar sua oferta pública inicial (IPO) no primeiro semestre de 2025, a partir do que obtivemos aprovação dos órgãos reguladores do Reino Unido e da China. No entanto, uma nova entrada pode atrasar o processo.
Segundo o Financial Times , a lista da Shein pode ser adiada para o segundo semestre, em meio ao impacto da decisão do ex-presidente dos EUA, Donald Trump, de eliminar as isenções de impostos para de pequeno valor — conhecida como cláusula de minimis . A mudança na política tributária dos EUA afeta diretamente o modelo de negócios da Shein, que depende do envio de mercadorias diretamente da China para consumidores norte-americanos sem tarifas significativas.
O mercado acompanha com atenção os desdobramentos da tentativa de listagem da Shein, que já envolveu dificuldades para a realização de um IPO nos Estados Unidos devido a preocupações regulatórias e políticas. A mudança para Londres é vista como uma alternativa viável, mas ainda depende de um ambiente favorável para atrair investidores e garantir uma estreia bem sucedida.
*Com informações da Reuters