O dólar à vista opera em leve baixa frente ao real nas primeiras negociações desta segunda-feira, refletindo um posicionamento cauteloso dos investidores antes de uma semana carregada de decisões de política monetária de diversos bancos centrais ao redor do mundo. Paralelamente, as tensões geopolíticas no Oriente Médio seguem no radar do mercado.
Às 9h15, a moeda americana recuava 0,41%, sendo negociada a R$ 5,521 na venda. No mercado futuro, o contrato de dólar com vencimento para o primeiro mês apresentava uma queda de 0,53%, cotado a R$ 5,539. Na sessão anterior, a sexta-feira, o dólar à vista encerrou praticamente estável, com uma ligeira desvalorização de 0,04%, a R$ 5,5413.
Em contrapartida, o Ibovespa Futuro iniciou o dia em terreno positivo, com alta de 0,62% às 09h05 (horário de Brasília), atingindo 138.135 pontos. Os investidores acompanham de perto o desenrolar do conflito entre Israel e Irã, bem como as reuniões de bancos centrais cruciais para a definição dos rumos da economia global, incluindo o Federal Reserve (Fed) dos Estados Unidos e o Banco Central do Brasil.
O acirramento das tensões no Oriente Médio coincide com a reunião dos líderes do G7 no Canadá. As tarifas impostas pelo presidente americano Donald Trump também têm impactado as relações internacionais. O presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva embarcou nesta segunda-feira para o Canadá, onde participará como convidado do encontro do G7 para discutir temas relacionados à transição energética.
As recentes turbulências geopolíticas representam mais um desafio para investidores e autoridades monetárias, que já buscam equilibrar a incerteza econômica gerada pelas políticas tarifárias de Trump. Na B3, o contrato futuro de dólar de primeiro vencimento também registrava queda de 0,43%, situando-se em 5.544 pontos.
No cenário internacional, os mercados da Ásia-Pacífico apresentaram ganhos, com investidores digerindo dados econômicos da China e avaliando as implicações das tensões entre Israel e Irã. Os preços do petróleo, por sua vez, operam em baixa, atenuando os ganhos da última sessão. Os ataques recentes no fim de semana entre Israel e Irã intensificaram as preocupações de que o conflito possa se alastrar pela região, afetando significativamente as exportações de petróleo do Oriente Médio.