A Tesla anunciou, segundo um memorando interno visto pela Reuters na segunda-feira (15), que planeja demitir mais de 10% de sua força de trabalho global. Essa decisão ocorre em meio a uma queda nas vendas e ao aumento da competição no mercado de veículos elétricos (EVs), o que tem intensificado a guerra de preços.
Essa medida reflete os desafios enfrentados pela Tesla para manter sua posição em um mercado cada vez mais competitivo, onde outras montadoras estão investindo pesadamente em veículos elétricos, como a BYD. A redução da força de trabalho pode ser uma tentativa de reestruturação da empresa para se tornar mais eficiente e competitiva em meio a esses desafios.
Em um sinal de maior instabilidade na fabricante de EV, o vice-presidente sênior da Tesla, Drew Baglino, responsável pelo desenvolvimento de baterias, e Rohan Patel, vice-presidente de políticas públicas e desenvolvimento de negócios, anunciaram suas saídas da empresa no X na segunda-feira.
Baglino foi um dos quatro membros da equipe de liderança da Tesla listados no site de relações com investidores da empresa, que inclui o CEO Elon Musk. Musk, em resposta à nota de Baglino no X, agradeceu ao executivo por seu trabalho. “Poucos contribuíram tanto quanto você”, disse Musk.
A maior montadora do mundo em valor de mercado tinha 140.473 funcionários globalmente em dezembro de 2023, mostra seu último relatório anual. O memorando não dizia quantos empregos seriam afetados. Alguns funcionários na Califórnia e no Texas já foram notificados sobre demissões, disse à Reuters uma fonte familiarizada com o assunto