Os trabalhadores em greve da fabricante de aviões Boeing votaram na segunda-feira (05) a favor da acessibilidade da proposta mais recente da empresa, encerrando a greve que se tornou a mais cara nos Estados Unidos em mais de 25 anos. A Associação Internacional de Maquinistas (IAM) informou que 59% dos membros votaram a favor do acordo.
Os membros do IAM tiveram rejeitado quase unanimemente a primeira proposta da Boeing no dia anterior ao início da greve e, em seguida, 64% votaram contra a segunda oferta há menos de duas semanas, o que resultou na continuidade da greve.
“Estou orgulhoso de nossos membros. É uma vitória”, declarou Jon Holden, presidente da maior local da IAM na Boeing e negociador-chefe do sindicato. “Eles conquistaram muito e estamos prontos para seguir em frente.”
Questionado sobre o que motivou um voto positivo desta vez após duas rejeições anteriores, Holden disse a repórteres: “Os membros estão prontos, prontos para voltar. Estou ansioso para trazê-los de volta ao trabalho.” A Boeing disse que estava satisfeita com o resultado.
O acordo prevê um aumento imediato de 13% e aumentos de 9% para cada um dos próximos dois anos, e depois outros 7% no quarto e último ano do contrato. Juntos, os membros receberão um aumento salarial superior a 43%.
Os trabalhadores também recebem um bônus de ratificação de US$ 12.000, parte do qual podem contribuir para contas de aposentadoria 401(k). Mas o acordo não restaurou o plano de pensão tradicional que eles perderam em 2014 de seu acordo trabalhista anterior.
Segundo o sindicato, os 33 mil trabalhadores em greve deverão retornar ao trabalho a partir de quarta-feira, dia 6. A Boeing, por sua vez, comunicou que a retomada plena da produção de “algumas semanas”.