O turnover voluntário, ou a taxa de rotatividade de funcionários, é um indicador crítico para as empresas, refletindo a movimentação de colaboradores que decidem deixar a organização por vontade própria. Segundo informações do Índice de Confiança Robert Half, com base em dados do CAGED, a representatividade de saídas voluntárias no total de desligamentos entre profissionais qualificados, aqueles com formação superior completa e mais de 25 anos, foi de 39% em 2023.
De acordo com os resultados da pesquisa, a maior parte das empresas (41%) experimentou um volume de turnover voluntário de menos de 5% em 2023. Cerca de 25% tiveram uma taxa de rotatividade entre 5% e 10%, enquanto 23% enfrentaram uma taxa superior a 10%. Os 11% restantes não souberam responder. Na comparação com o ano anterior, quase metade das empresas (47%) relatou que o turnover em 2023 foi igual ao registrado em 2022. Entretanto, 24% observaram um aumento, sugerindo desafios na retenção de talentos. Por outro lado, 15% registraram uma redução. Entre os entrevistados, 14% preferiram não responder.
“Encaro a rotatividade como uma oportunidade para oxigenar a companhia e agregar diversidade de ideias e de experiências aos negócios. O problema está nos extremos. Na minha percepção, o turnover não deve ser encarado pela ótica da redução, mas sim com o cuidado de que seja um índice saudável para organização”, analisa Fernando Mantovani, diretor-geral da Robert Half.
As razões por trás das saídas voluntárias são diversas, mas a maioria expressiva (65%) aponta “melhores oportunidades em outras empresas” como o principal motivador. Em segundo lugar, 25% mencionam a “falta de oportunidades de crescimento na empresa”, destacando a importância do desenvolvimento profissional. Para completar as três primeiras posições, 20% indicam “salários abaixo da média do mercado”.
De acordo com os recrutadores entrevistados, as companhias estão atentas e adotando/planejando medidas para manter um turnover saudável. As três principais ações são: implementação de programas de desenvolvimento de carreira (29%); melhorias nas condições de trabalho e no ambiente organizacional (26%); e oferta de benefícios mais atrativos (21%).
O relatório completo do Índice de Confiança Robert Half, você encontra clicando aqui.