Vendas de imóveis crescem 15% no 1º trimestre

O mercado imobiliário brasileiro registrou um aumento de 15% nas vendas e lançamentos de imóveis no primeiro trimestre deste ano

Tuca Melges/ Estadão Conteúdo

O mercado imobiliário brasileiro registrou um aumento de 15% nas vendas e lançamentos de imóveis no primeiro trimestre deste ano, em comparação com o mesmo período do ano passado. O crescimento foi puxado, principalmente, pelo programa federal Minha Casa, Minha Vida, que oferece financiamento com juros reduzidos a uma parcela da população.

Entre janeiro e março de 2025, o Minha Casa, Minha Vida respondeu por 53% dos lançamentos e 47% das vendas totais. Os dados foram divulgados nesta segunda-feira (19) pela Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC).

Para a CBIC, os números demonstram a resiliência do mercado imobiliário, mesmo diante dos patamares elevados da taxa Selic, que baliza os juros dos demais financiamentos. Desde março de 2024, a Selic saltou de 10,75% para 14,25% em março de 2025, atingindo 14,75% na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) em maio – o nível mais alto em quase 20 anos.

Renato Correia, presidente da CBIC, destacou que os dados indicam que o brasileiro continua investindo em moradia, mesmo em um cenário de crédito mais caro. Celso Petrucci, economista-chefe do Secovi-SP e conselheiro da CBIC, reforçou que o desejo pela casa própria segue sendo o principal motor do setor. A expectativa da CBIC é que o programa Minha Casa, Minha Vida continue liderando as vendas.

Neste ano, o governo federal implementou novas regras para o programa, incluindo famílias com renda de até R$ 12 mil e oferecendo uma taxa de juros nominal de 10% ao ano. Isso ocorre em um contexto de queda no número de unidades residenciais lançadas. No primeiro trimestre de 2025, foram 84.924 novas unidades, uma redução de 28,2% em relação ao último trimestre de 2024, quando 118.324 unidades foram lançadas.

A CBIC estima que o saldo geral de lançamentos atenderia à demanda por aproximadamente oito meses, caso não haja novos empreendimentos. Os dados fazem parte dos Indicadores Imobiliários Nacionais e foram coletados em 221 cidades em todo o país.

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