Vendas no varejo do Brasil avançam 0,5%

Expectativa em pesquisa da Reuters era de alta de 1,10%

As vendas no varejo brasileiro registraram um crescimento de 0,5% em setembro na comparação mensal, recuperando-se da queda de 0,2% em agosto. No entanto, esse resultado ficou abaixo das expectativas do mercado, que prevê um avanço mais expressivo de 1,1%, de acordo com pesquisa da Reuters. Esse desempenho sugere uma recuperação moderada e cautelosa no consumo, refletindo ainda certa incerteza econômica, embora o setor tenha conseguido reverter a tendência de queda do mês anterior.

Na comparação com mesmo mês do ano anterior, houve avanço de 2,1%, contra expectativa de 3,7%, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta terça-feira (12). Assim, o setor terminou o terceiro trimestre com alta de 0,3% na vendas sobre os três meses anteriores, mostrando forte desaceleração em relação aos avanços de 1,5% e 2,7% respectivamente no segundo e primeiro trimestres.

“O comércio foi muito puxado no ano pelo comportamento do varejo no primeiro semestre. Mas como um todo, o comércio está numa base alta e patamar elevado”, disse Cristiano Santos, gerente da pesquisa no IBGE.

O mercado de trabalho aquecido, o aumento da massa salarial, a expansão do crédito e a inflação têm controlado favorecido o consumo no Brasil neste ano, mas há uma expectativa de perda de força no segundo semestre, devido à taxa de juros elevada e ao consumo da economia. Recentemente, o Banco Central decidiu aumentar a taxa Selic em 0,50 ponto percentual, elevando-a para 11,25% ao ano, e alertou que um alívio adicional das expectativas de inflação pode resultar em um prolongamento do ciclo de aperto monetário.

Em setembro, as vendas no setor de varejo cresceram 0,5% em relação ao mês anterior, após um recuo de 0,2% em agosto. No entanto, o crescimento ficou abaixo das expectativas do mercado, que previam alta de 1,1%.

Entre as oito atividades pesquisadas pelo IBGE, quatro resultados positivos. A maior alta foi registrada no segmento de outros artigos de uso pessoal e doméstico, seguidos por combustíveis e transportes, artigos farmacêuticos, médicos e ortopédicos, e supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo. Esses dados indicam um desempenho mais favorável em setores essenciais e de consumo cotidiano, apesar do cenário econômico desafiador.

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