X pede liberação de plataforma para voltar a operar no Brasil; Alexandre de Moraes não tem prazo para resposta

PF continua a investigar contas que tenham burlado o bloqueio nos últimos dias

Foto: Gustavo Moreno / STF

A rede social X solicitou ao Supremo Tribunal Federal (STF), nesta quinta-feira (26), a liberação da plataforma para voltar a operar no Brasil.

Os representantes da X entregaram ao tribunal documentos adicionais solicitados pelo ministro Alexandre de Moraes e alegaram que cumpriram todas as exigências estabelecidas pelo STF, como a nomeação de um representante legal no Brasil, bloqueio e perfis de nove investigados no STF e pagamento das multas aplicadas por descumprimento de ordens judiciais, com o STF bloqueando R$18 milhões das contas do X e da Starlink.

Os advogados responsáveis afirmaram que a “X adotou todas as providências indicadas por Vossa Excelência como necessárias ao restabelecimento do funcionamento da plataforma no Brasil”.

O pedido de liberação da rede social foi assinado por advogados de três escritórios: Fabiano Robalinho Cavalcanti e Caetano Berenguer (Bermudes Advogados); André Zonaro Giacchetta e Daniela Seadi Kessler (Pinheiro Neto Advogados); e Sérgio Rosenthal (Rosenthal Advogados Associados).

Não há prazo definido para que o ministro Alexandre de Moraes tome uma decisão, e ele ainda pode solicitar mais documentos ou esclarecimentos antes de deliberar.

Moraes também deve decidir sobre a multa diária de R$ 5 milhões aplicada à rede social X, referente a uma suposta tentativa de burlar o bloqueio na última semana. O valor final a ser pago ainda não foi estabelecido.

Polícia Federal continua investigação sobre drible de bloqueio

O objetivo da investigação é descobrir quem está violando a decisão judicial e publicando conteúdos como discurso de ódio, desinformação ou Fake News, com foco especial no impacto potencial sobre as eleições. A PF também busca entender como essas ações estão sendo realizadas, investigando, por exemplo, o uso de VPNs para mascarar a origem das postagens.

De acordo com a Procuradoria-Geral da República (PGR), a PF deve monitorar esses casos e, após identificar os responsáveis, emitir notificações. Se os usuários continuarem com a prática, poderão ser multados e responsabilizados legalmente.

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