XP explica função dos fundos após ser acusada de ”esquema de pirâmide”

O relatório Grizzly Research apontou a corretora como praticante de um esquema contraditório

“A tentativa mais recente de fake news contra a XP, no dia 12 de março, veio camuflada de um relatório recheado de informações falsas e distorcidas, assinado por uma casa de análise pequena e desconhecida, com credibilidade duvidosa e envolvida em polêmicas anteriores. Essas casas lucram derrubando os preços das ações e títulos das empresas que supostamente analisam”, afirmou a XP Inc. em um comunicado após ser acusada, pela Grizzly Research, de contabilizar de forma incorreta dois fundos da corretora.

Os fundos mencionados no relatório são veículos exclusivos da tesouraria da XP Inc., nos quais a própria companhia é a única cotista. Eles não captam recursos de clientes, tampouco dependem da entrada de novos participantes para manter suas operações ou compor seu patrimônio líquido e, portanto, sua estrutura de rentabilidade não pode ser comparada com fundos de investimento que são distribuídos abertamente no mercado.

Os veículos são essenciais para gerenciar o risco de mercado e liquidez dessas atividades e são capitalizados através de carteiras não-residentes da XP Inc. para, entre outros fins, preservar a natureza das entidades prudenciais do grupo. Um modelo que segue práticas amplamente adotadas por outras grandes instituições financeiras e é devidamente regulado pelos órgãos responsáveis no Brasil (Comissão de Valores Mobiliários e Banco Central do Brasil) e nos Estados Unidos (Securities and Exchange Commission).

Por fim, os fundos contam com administradores e custodiantes autônomos, como a BNY Mellon, que asseguram a conformidade dos ativos, a liquidação das operações e o cumprimento de normas e regulamentos de forma isenta. Além disso, têm suas carteiras regularmente auditadas por auditores independentes especializados, como a PwC, que revisa e certifica as demonstrações financeiras dos fundos, garantindo sua transparência e conformidade com as normas contábeis e regulatórias. Ambas as instituições com alto nível de credibilidade e perícia que asseguram total conformidade com os órgãos reguladores, a legislação brasileira e a norte-americana.

No mesmo comunicado, a corretora afirmou que combaterá a disseminação da falsa informação. “A XP vai reagir com energia contra mais essa fake news, com todo um arsenal de medidas legais, como já fez no passado contra esse mesmo tipo de acusação inverídica. A XP já foi alvo de ataques similares, inclusive com tentativas de ações coletivas. A companhia não fez qualquer acordo para encerrar tais ações e obteve êxito em todas as decisões na Justiça americana”, afirmou.

A XP ocupa uma posição de destaque nos mercados secundários de crédito privado, opções flexíveis e minicontratos futuros (RLP), entre outros instrumentos regulados. Além disso, é o participante mais significativo na formação de mercado para opções de ações, índices internacionais e derivativos lineares de juros e está entre os 5 maiores agentes nos segmentos de opções de moedas, derivativos de ações e moeda na classificação geral de derivativos registrados em bolsa.

Nos últimos 3 anos, aproximadamente 80% dos clientes que adquiriram COEs, têm performance acima de 100% do CDI, com rentabilidade média de 111% do CDI. Para além dos retornos do produto, parte significativa dos COEs tem principal garantido, o que oferece proteção ao investidor caso o ativo de referência tenha uma performance negativa. Do montante emitido pela companhia em 2024, mais de 80% das emissões (R$ 7 bilhões) foram COEs cujo ativo objeto é um instrumento de renda fixa e, destes, 95% dos clientes têm rentabilidade acima de 100% do CDI. 

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