Segundo estudo do Observatório Clima, o desmatamento da Amazônia precisa ser reduzido à metade para que o Brasil corte sua emissão de gases do efeito estufa para o nível de cumprimento da meta do acordo de Paris.
A meta é reduzir pela metade esse desmatamento em menos de três anos, ou seja, uma queda de 48% até 2025.
As intensas queimadas na Amazônia colocam em risco o progresso obtido na redução do desmatamento. Incêndios podem acelerar o processo de conversão da floresta em uma fonte de carbono, aniquilando seu papel de “sumidouro” do gás-estufa.
Os cientistas chamaram atenção para o fato de que, no primeiro semestre deste ano, mesmo com a queda do desmatamento, principal causa de incêndios na Amazônia, houve alta nas queimadas. O mês de junho, por exemplo, registrou o maior número de focos de calor no bioma desde 2007. No acumulado do primeiro semestre, houve alta de 10% nos focos de calor, na comparação com os mesmos meses de 2022.
O Acordo de Paris
Em 2016, o Brasil assumiu no Acordo de Paris o compromisso de reduzir as emissões de gases de efeito estufa (GEE) e de adotar os instrumentos necessários para conter o aquecimento global até 2030.