A sanção do principal projeto de regulamentação da Reforma Tributária abre caminhos e impulsiona o setor florista para investimentos. Isso porque ficou determinada a redução de 100% das alíquotas de Imposto sobre Bens e Serviços (IBS) e Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS) para plantas e produtos de floricultura, para hortas e cultivados para fins alimentares, ornamentais ou medicinais (bulbos, mudas, tubérculos, flores).
O fato foi uma conquista da mobilização do segmento, ao manifestar-se à proposta enviada pelo Executivo ao Congresso, a qual os produtos hortícolas foram incluídos em uma lista estendida da cesta básica juntamente com frutas e ovos. No entanto, flores e plantas ornamentais não haviam sido mencionadas no texto, havendo preocupação do setor com a possível incidência da alíquota cheia, de 27%.
Entidades do ramo defenderam que flores e plantas possuem o mesmo grau de perecibilidade de legumes, frutas e verduras, sendo descartados quando não vendidos a tempo. Sendo assim, não seria justo receber tratamento diferente das frutas, verduras e legumes.
O setor de flores e plantas ornamentais no Brasil tem apresentado um crescimento contínuo nos últimos anos, com um aumento significativo no mercado interno, impulsionado pela valorização do consumo de produtos naturais, sustentáveis e a popularização da jardinagem e do paisagismo.
A conquista alcançada na Reforma Tributária representa um importante estímulo para o setor. “Isso abre novas oportunidades para o setor crescer ainda mais, incentivando o investimento em novos cultivos, expansão de negócios e inovação dentro do mercado florista”, explica a gerente de marketing da Floral Atlanta, Paula Lo Frano.
A empresa, pertence ao Grupo Polar que atua na produção de espuma floral, além de acessórios para floriculturas, decoradores e como importadora de produtos e peças especiais para decorações de ambientes e evento. “O feito coloca o setor florista em uma posição estratégica para crescer, inovar e expandir suas operações, gerando mais empregos, maior competitividade e investimentos sustentáveis”, completa.
Agora, o desafio está em outra questão: a alta do dólar pode impactar nos preços dos produtos agrícolas, como os defensivos e fertilizantes, itens fundamentais no cultivo de flores e plantas ornamentais.
“O cenário atual é desafiador, mas mantemos a expectativa de que o setor, com seu potencial de adaptação e resiliência, encontrará caminhos para superar essas adversidades e continuar sua trajetória de crescimento, trazendo mais oportunidades para os produtores e consumidores”, conclui.