O setor aéreo global está se preparando para enfrentar a temporada de férias de meio de ano, com a expectativa de que a demanda por viagens ultrapasse os níveis anteriores à pandemia. No entanto, as entregas de aeronaves estão caindo drasticamente devido a problemas de produção enfrentados pela Boeing e pela Airbus.
Esses desafios na produção estão impactando a capacidade das companhias aéreas de expandir suas frotas para atender à crescente demanda. As companhias aéreas estão gastando bilhões de dólares em manutenção de aeronaves para continuarem voando com jatos mais antigos e menos eficientes em termos de consumo de combustível e pagando um prêmio para garantir aeronaves adicionais às empresas de leasing.
Algumas transportadoras ainda estão sendo forçadas a reduzir seus horários para lidar com a falta de aviões disponíveis. Enquanto isso, espera-se que o número de viajantes em todo o mundo atinja níveis históricos, com a projeção de que 4,7 bilhões de pessoas viajem em 2024, em comparação com 4,5 bilhões em 2019. Essa tendência demonstra a recuperação gradual do setor de viagens após os impactos da pandemia de COVID-19.
Em dezembro passado, a Associação Internacional de Transporte Aéreo (Iata, na sigla em inglês) previu um crescimento anual de 9% na capacidade global das companhias aéreas este ano. Essa estimativa parece otimista após a crise da Boeing.
A produção da Boeing foi reduzida após um incidente em que um jato da empresa operado pela Alaska Airlines deixou os passageiros expostos ao exterior em pleno voo, devido ao desprendimento de um pedaço da fuselagem, ocorrido no início deste ano. Esse incidente levou a uma revisão dos processos de fabricação e segurança da Boeing, resultando em uma redução na produção de aeronaves.