Governo apresenta projetos para enfrentar nova seca no Amazonas

O planejamento conta com cinco programas e tem como meta aperfeiçoar a construção, operação, manutenção e restauração da infraestrutura aquaviária de Manaus

Durante o IX Fórum de Logística, evento promovido pela Comissão CIEAM (Centro da Indústria do Amazonas) de logística, foi apresentado um projeto que está sendo desenvolvido pelo DNIT (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes), órgão pertencente ao Ministério dos Transportes, para desenhar um canal de navegação permanente na região. As ações serão coordenadas pelo DAQ (Diretoria de Infraestrutura Aquaviária) e estão previstas para serem iniciadas no começo de maio.

Apresentado por Erick Moura de Medeiros, diretor de infraestrutura aquaviária do DNIT de Brasília, o planejamento conta com cinco programas de ações de construção, operação e restauração de infraestrutura aquaviária do estado de Manaus, entre eles o PRIOP (Programa de Instalações Portuárias), que vai trabalhar na recuperação, operação, manutenção e regularização das instalações portuárias públicas de pequeno porte.

“Nós do CIEAM estamos bastante satisfeitos com o que vimos, depois de um diálogo de anos com membros do governo, finalmente nos foi apresento um projeto consistente para o problema da seca. Agora temos um projeto real.  Porém, ainda temos poucos recursos e precisamos ter mais projetos para a região”, diz Augusto Cesar Barreto Rocha, coordenador da comissão CIEAM de Logística.

Os integrantes do governo também enfatizaram que o trabalho de dragagem, com início previsto para julho deste ano, focará em trechos do rio Solimões, com a finalidade de aperfeiçoar as condições de navegação e de solucionar questões de cunho social, como o isolamento de comunidades durante a estiagem.

O encontro, que aconteceu nos dias 2 e 4 de abril, também ressaltou a importância da interação entre a indústria e os fornecedores de serviços logísticos, destacando as preocupações e desafios enfrentados na Região Amazônica. Atualmente, os gastos com transportes hidroviários no Amazonas são estimados entre 3% e 7% do PIB, o que representa algo entre R$ 4,8 e R$ 11,2 bilhões por ano. O PIB do Amazonas foi de R$ 160,2 bilhões no ano passado.

Sair da versão mobile