A Mobly anunciou na noite da última sexta-feira (16), por meio de fato relevante, que passará a se chamar Grupo Toky e suas ações serão negociadas na B3 sob o ticker TOKY3 a partir do dia 26 de maio.
A mudança ocorre após a 1ª Vara Empresarial e Conflitos de Arbitragem de São Paulo revogar uma liminar que havia suspendido parte das decisões tomadas na Assembleia Geral Ordinária e Extraordinária (AGOE) realizada em 30 de abril de 2025. Com a revogação, todas as deliberações da assembleia voltam a ter efeito integral, incluindo a alteração do ticker.
Na AGOE, a principal acionista da companhia, a Home24, havia proposto alterações no estatuto social da Mobly que poderiam facilitar uma futura aquisição. No entanto, o conselho de administração da Mobly recomendou a rejeição da proposta, o que foi acatado pelos acionistas na assembleia.
Ainda no dia 30 de abril, a Justiça havia suspendido os efeitos das deliberações da assembleia, embora tenha permitido a votação. O cenário se desenrola em meio a um conflito no setor de casa e decoração, envolvendo a Mobly e a Tok&Stok.
Em março, a família Dubrule, fundadora da Tok&Stok, manifestou a intenção de realizar uma oferta pela Mobly, considerada “inviável” pela diretoria e conselho da companhia desde o início. A Mobly chegou a divulgar ter identificado, por meio de investigação interna, indícios de atuação coordenada e não divulgada na aquisição de suas ações, supostamente em condições distintas das previstas no edital da oferta pública de ações (OPA).
Após apontar possíveis irregularidades envolvendo a família Dubrule, o Grupo XXXLutz e a Home4 na compra das ações, a Mobly obteve autorização do seu conselho de administração para adotar as medidas legais cabíveis nas esferas administrativa, cível e criminal, sinalizando a intenção de pedir o cancelamento da OPA.